Notícia » Ministro do Tribunal de Contas da União João Augusto Nardes realiza reunião em Lajeado para conhecer a realidade dos municípios do Vale do Taquari atingidos pela enchente.
O Prefeito Municipal participou da importante Reunião dos Municípios realizada no Gabinete da Prefeitura de Lajeado, evento que teve como foco principal discutir a realidade enfrentada pelas cidades da região do Vale do Taquari, especialmente aquelas afetadas pelas enchentes recentes. Durante o encontro, a situação crítica das infraestrutura e os desafios sociais resultantes das inundações foram amplamente abordados.
Um dos pontos centrais da reunião foi a discussão sobre o repasse de recursos financeiros por parte do Governo para auxiliar nos esforços de recuperação. O Prefeito manifestou preocupação para os Municípios que optaram por Dispensa de Licitações em relação às datas nas obras que ainda não estão concluídas a administração municipal poderá enfrentar dificuldades com divergências na interpretação.
Destacou o Prefeito em sua fala. Ele enfatizou a necessidade de um diálogo constante entre os municípios, governo e Defesa Civil para garantir que as obras não apenas sejam concluídas dentro dos prazos adequados, evitando assim mais transtornos à população.

Segue abaixo reportagem do Jornal Informativo de Lajeado

Ministro do Tribunal de Contas da União realiza reunião em Lajeado para conhecer a realidade dos municípios do Vale do Taquari atingidos pela enchente.

Na manhã desta sexta-feira (11) o Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), João Augusto Nardes, que é relator do processo de fiscalização dos recursos federais destinados à reconstrução do Rio Grande do Sul, esteve em Lajeado. Na oportunidade, ele conduziu uma reunião que contou com a presença de prefeitos, vice-prefeitos, secretários e servidores dos municípios que pertencem a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e a Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat), para saber de que forma as cidades foram atingidas pelas enchentes, como foram ajudadas e o que ainda necessita ser realizado. O ministro é relator do repasse de recursos para a Defesa Civil do Programa Recupera Rio Grande.
As lideranças relataram problemas que ocorreram em seus municípios, como deslizamentos de terra, perda de pontes, óbitos, falta de preparo da Defesa Civil, destruição de acessos às comunidades, diminuição do fluxo financeiro das Prefeituras, falta de habitações para as famílias que necessitam de moradia, cumprimento dos prazos estabelecidos pelos editais, dificuldade de comunicação em períodos de crise e desassoreamento.
A partir desse encontro será elaborado um relatório, que deve ser concluído em cerca de três meses. “Já foi me apresentada uma versão, mas eu não concordei. Por isso estou aqui com um auditor do TCU para a gente mostrar e dar um encaminhamento, não somente na parte da entrega, mas também da prestação de contas. Eu também vou orientar os prefeitos a fazer uma prestação de contas dentro da situação de calamidade que vivemos. Vou colocar uma orientação técnica para os prefeitos poderem ter uma prestação de contas que seja dentro da legalidade, mas também, da realidade que vivemos”, declarou o ministro.
Tardes ficou sensibilizado com os relatos dos municípios. “O fato de ouvir cada prefeito, de sentir a amargura que foi esse momento da enchente, eu já visitei muitos municípios individualmente, mas não tinha o conjunto, acho que é a primeira vez que eu consigo perceber que a situação, que a gente sabia que era grave, é mais grave porque pode se repetir tudo de novo”, declarou.
O ministro ainda relatou que a região tem que se preparar e realizar políticas preventivas. Para isso, segundo o gestor, é importante implantar a governança e estabelecer regras para ter resultados. “Eu sei como é que funciona o país, passou um ano e muitas coisas não vieram e não aconteceram, talvez o fato de eu fazer essa reunião agora, é para chamar a atenção de que as pessoas são ludibriadas pelas promessas e se não melhorar a governança local, do município, do Estado e da União, as pessoas vão continuar sendo enganadas. Eu procuro falar com seriedade porque eu sei como funciona o estado brasileiro”, relata.
O ministro ainda complementou que o Estado e a União estão sem estratégia e que a União teve uma atuação, até agora, muito tímida. “Eu vim para relatar o que está acontecendo, quem decide e organiza é o Estado e o Governo Federal, mas eu vou colocar no relatório que as pessoas estão abandonadas", cita.
Municípios
Na explanação das necessidades de Lajeado, a prefeita Gláucia Schumacher, relatou que foram usados R$ 30 milhões de recursos próprios para atendimento durante a enchente. O município teve cinco óbitos, possui problemas com as áreas impróprias para habitação, as chamadas zonas de arraste e, além disso, existem dificuldades com a habitação para as pessoas que necessitam de moradias.
Em Estrela foram 1.500 residências atingidas, sendo 1.200 consideradas inabitáveis. A gestão passada recebeu recursos federais para ajuda humanitária, cestas básicas e limpeza urbana. No momento, a atual administração trabalha na elaboração dos projetos para reconstrução de 10 escolas e reconstrução de três Unidades Básicas de Saúde, que estão entrando em fase de licitação. Além disso, 400 pessoas estão no aluguel social. “Hoje a principal demanda é habitacional. Vamos ter a ordem de início de 100 apartamentos referentes ao evento de 2023. Temos cadastradas e contempladas mais 900 residências, sendo que dessas, 400 já estão aprovadas e estamos aguardando aprovação de outras 500 com dois planos de trabalho cadastrados na Defesa Civil Nacional”, relata a procuradora do município, Sabrina Schmitt.



Fonte: Gabinete do Prefeito • Publicada em 14/04/2025, 08:24:54